Um novo sistema de rega inteligente que foi desenvolvido com o apoio de fundos europeus encontra-se em fase de testes em vários países europeus de climas diversos e tem à sua espera um potencial mercado que, apenas na Europa, se estima em 500 mil milhões de euros.
Trata-se de um sistema que pode poupar 40% da água, na medida em que informa os agricultores da melhor altura para abrir ou fechar a rega, consoante a humidade do terreno.
Foi um importante evento destinado a impulsionar a interoperabilidade dos caminhos-de-ferro europeus, no qual foram abordados os obstáculos a ultrapassar para se estabelecer um serviço transfronteiras sem descontinuidades, que é uma necessidade real dos europeus, tendo igualmente sido apresentada uma recomendação da Agência Ferroviária Europeia sobre o modo de melhorar as normas técnicas para a implantação do sistema. Tais melhorias vão permitir aos gestores das infraestruturas ganhar eficiência e reduzir custos com a instalação do sistema.
O empreendedorismo é um dos pilares essenciais da competitividade da economia europeia. O Parlamento e o Conselho reconheceram isto mesmo quando, em 2006, aprovaram uma Recomendação aos Estados-Membros sobre as competências essenciais dos cidadãos europeus e incluíram a educação para o empreendedorismo como uma dessas competências.
Neste contexto, foi publicado um relatório que avalia a aplicação das politicas de educação para o empreendedorismo nos Estados-Membros, e que tem conclusões muito positivas. Por exemplo em metade dos países já existe, ao nível do ensino secundário, a integração do empreendedorismo nos conteúdos programáticos de disciplinas obrigatórias, como ciências económicas ou sociais (ver imagem).
A Comissão está, entretanto, a preparar um manual de política de educação para o empreendedorismo, juntamente com um grupo de peritos. Espera-se a publicação deste manual antes do fim de 2013.
No final do ano passado, a Comissão Europeia apresentou uma proposta de regulamento relativo aos serviços de assistência em escala nos aeroportos da UE.
A assistência em escala inclui, para além dos serviços técnicos (manutenção das aeronaves, assistência de combustível e óleo, assistência à carga), serviços essenciais para a segurança e o conforto dos passageiros (check-in, fornecimento de refeições, assistência às bagagens e transportes de superfície nos aeroportos).
Recentemente, os Estados-Membros manifestaram o seu apoio a esta proposta, sublinhando os seus dois elementos-chave:
- Aumentar o número mínimo de prestadores de dois para três nos grandes aeroportos, a fim de as transportadoras disporem de uma escolha acrescida de soluções de assistência em escala.
- Autorizar os Estados-Membros a aumenta a proteção dos direitos dos trabalhadores, por forma a que o pessoal possa ser transferido ao abrigo das condições existentes quando um contrato é atribuído a um novo prestador.
Posto isto, a proposta de regulamento tem ainda de ser votada pelo Parlamento Europeu em primeira leitura.
Tendo em vista assegurar que Estados-Membros como a Grécia, Portugal e a Irlanda, não perdem a capacidade de dar contibuidade a projectos co-financiados por fundos europeus, devido à crise, o Parlamento Europeu, sob proposta da Comissão, aprovou um plano para facilitar a atracção de fundos privados para projectos europeus, permitindo a utilização das dotações da política de coesão ainda disponíveis para cobrir os riscos resultantes de garantias e empréstimos concedidos por instituições financeiras, como o Banco Europeu de Investimento.
Esta medida está prevista para países que beneficiam de assistência macroeconómica especial, actualmente Grécia, Irlanda e Portugal. No entanto, só será aplicada a pedido e, até à data, apenas a Grécia a solicitou.
Trata-se, contudo, de uma medida excepcional e temporária, uma vez que os fundos estruturais e de coesão não podem ser utilizados desta forma. Como é sabido, as ajudas de Estado ao sector privado não são permitidas pela leis da UE.
Aguarda-se agora a aprovação desta medida pelos Estados-membros, no final de Maio.
Na União Europeia há Estados-membros com taxas de reciclagem de 70% e outros que ainda depositam em aterro três quartos dos seus resíduos. O mais recente relatório da Comissão Europeia (CE) mostra que a utilização articulada de três instrumentos revela-se crucial para desviar o fluxo de resíduos para percursos mais sustentáveis: impostos e/ ou proibições respeitantes à deposição em aterro e à incineração, regimes de tributação em função da quantidade de resíduos descartados e regimes de responsabilidade dos produtores.
Há países na UE que depositam em aterro menos de 3% dos seus resíduos urbanos - Bélgica, Alemanha, Dinamarca, Áustria, Suécia e Holanda – e que conseguiram tornar o lixo numa indústria próspera com a criação de novos postos de trabalho. Para seguir o mesmo caminho é necessária a generalização dos instrumentos acima propostos. A CE incentiva os 27 a aplicarem de forma mais eficaz a legislação em vigor respeitante a resíduos para que sejam atingidos os objectivos propostos no Roteiro para a utilização eficiente dos recursos.
A necessidade de revisão da Directiva relativa à protecção de dados, de 1995, é evidente. Criada numa altura em que a internet e outras tecnologias ainda não eram uma realidade constante no quotidiano dos cidadãos, a Directiva, não sendo um instrumento jurídico dinâmico, não responde aos desafios que a sociedade contemporânea coloca à protecção de dados (PD). Por esta razão, depois de uma longa fase de incubação, a reforma legislativa foi anunciada a 25 de Janeiro pela Comissária Europeia da Justiça, Viviane Reding, que assumiu a formulação e implementação da reforma como prioridade.
A proposta de Directiva aborda os princípios a respeitar no tratamento dos dados pessoais no contexto da acção e investigação penal, não sendo, aqui, objecto de análise.
Quanto à proposta de Regulamento, além da harmonização da legislação dos 27, incorpora dois objectivos: reforçar a protecção dos dados privados e impulsionar o comércio electrónico. A Comissão Europeia (CE) desenhou, assim, uma proposta focada nos cidadãos europeus, mas que não olvida as potencialidades da economia digital, esperando que a reforma incentive o crescimento económico e a competitividade das empresas europeias
Uma das características principais da proposta é a consagração do “direito a ser esquecido”, concedendo-se às pessoas singulares um maior controlo sobre os seus dados pessoais. Outros elementos importantes são: 1) notificação imediata das violações de dados; 2) direito à portabilidade dos dados e reforço do direito à informação sobre os dados; 3) maior e melhor responsabilização das pessoas que efectuam o tratamento de dados, onde se inclui a obrigação de um delegado para a PD nas empresas com mais de 250 trabalhadores ou a obrigação de avaliações de impacto sobre a PD.
Quanto à definição de PD, apesar da proposta avançar com um conceito abrangente, tem sido apontada alguma falta de clareza quanto à inclusão ou não dos endereços de IP e dos cookies - o que garantiria uma maior certeza e segurança jurídicas.
O debate sobre ambas as propostas está a decorrer no Conselho da União Europeia, e só agora irá começar no Parlamento Europeu. Até ao momento, só foi atribuído Relator à proposta de Regulamento (Jan Philipp Albrecht, dos Verdes). A CE espera alcançar um acordo sobre a reforma no decorrer de 2012 mas o atraso no debate poderá inviabilizar esse objectivo.
Amanhã, de manhã, vai decorrer no Parlamento Europeu um seminário organizado pelo Provedor de Justiça Europeu, P. Nikiforos Diamandouros, destinado aos cidadãos europeus.
O seminário, dedicado ao tema “Europa em crise: o desafio de ganhar a confiança dos cidadãos”, tem como objectivo debater a desconfiança que os cidadãos sentem em relação aos governos nacionais e organizações internacionais, como consequência da crise económica e financeira, bem como medidas para recuperar a confiança perdida.
O debate contará com a participação do Presidente da Comissão Europeia, do Presidente do Parlamento Europeu e da Primeira-Ministra da Dinamarca / Presidente do Conselho da União Europeia.
Os cidadãos europeus que não possam deslocar-se a Bruxelas poderão acompanhar a transmissão em directo e participar no debate através do Twitter, #EO2012.
Neste ano, os 156 candidatos aos Prémios Europeus do Ambiente para as Empresas representaram 24 países e uma variedade de sectores de actividade, desde as telecomunicações à venda a retalho, eco-design, transporte, indústria alimentar e construção. A maioria dos candidatos era PME ou micro-empresa.
A lista dos 14 finalistas destes prémios foi já revelada e apresenta empresas originárias da Bélgica, França, Alemanha, Espanha, Áustria, Portugal, Eslováquia e Finlândia. Os candidatos distribuem-se pelas cinco categorias destes prémios: Produto, Gestão, Processo, Cooperação internacional e Negócio e biodiversidade.
A empresa Águas do Douro e Paiva S.A. faz parte da lista dos 14 finalistas e é candidata à categoria Gestão.
Os vencedores serão anunciados numa cerimónia que se vai realizar em Bruxelas no dia 24 de Maio de 2012.