A Comissão Europeia, co-fundadora do programa Compreender a China, quer promover as empresas europeias na China.
A reputação das empresas da UE de líderes em tecnologias verdes permite-lhes posicionarem-se no caminho para ajudar a China a investir no ambiente. Este plano estratégico centra-se em sectores como a biotecnologia e energias renováveis, eficiência energética e tecnologia de conservação.
Os comissários responsáveis pelo Mercado Interno, Michel Barnier, e pela Agricultura, Dacian Cioloş, visitaram, separadamente, a China, esta semana. Barnier levava na bagagem assuntos-chave para a União Europeia (UE), como os serviços financeiros, a abertura do mercado de contratos públicos e os direitos de propriedade intelectual. Cioloş acompanha uma delegação de 30 executivos da indústria alimentar e bebidas para promover os produtos com indicações geográficas protegidas, onde o vinho do Porto é o “representante” português. No final de 2010, Catherine Ashton, chefe da diplomacia dos 27, e John Dalli, comissário da Saúde e Consumidores, também visitaram a China que, assim, está cada vez mais na rota da UE.
Stuart Gulliver, presidente do HSBC, o sexto maior grupo bancário e de serviços financeiros do mundo, previu que a China será a maior economia mundial em 2050, superando os EUA. Discursando no China Development Forum 2011, em Pequim, Gulliver afirmou que, pela primeira vez na História, os mercados dos países em desenvolvimento ultrapassarão os dos países desenvolvidos. Referindo-se à catástrofe japonesa, o presidente do HSBC salientou que desastres de tal dimensão têm de ser acautelados, já que influenciam os preços das matérias-primas a nível mundial, como o petróleo ou o gás natural.
A política ambiental da União Europeia, líder em tecnologias e políticas “verdes”, poderá ser eclipsada pelo novo Plano Energético de Desenvolvimento Industrial do maior emissor de carbono - a China - a ser publicado no fim de Março. Este plano pretende acabar com 30 anos de fraca regulação ambiental, ao apostar na energia eólica. Tem ainda como objectivo aumentar o consumo de energias renováveis para 15% e reduzir o consumo total em 16% até 2020.