As emissões de dióxido de carbono (CO2) na UE desceram 7,2% em 2009, revela um estudo da Agência Europeia do Ambiente. Apesar de serem boa notícias – 7,2% corresponde quase ao total de emissões anuais da Espanha – a principal razão da redução de emissões está relacionada com a crise económica que se fez sentir durante esse ano e, consequente, a queda de produção industrial, da utilização de electricidade pública e do consumo de sistemas de aquecimento.
Crise económica à parte, se a UE continuar a diminuir as emissões de CO2 como tem conseguido nos últimos cinco anos, o objectivo 20-20-20 (20% de redução de emissões em 2020) será alcançado.
A Comissão Europeia (CE) vai apresentar uma nova estratégia para os transportes, com ênfase nas reduções de dióxido de carbono (CO2), na utilização de combustíveis alternativos e em melhores índices de eficiência energética.
A CE quer reduzir a dependência do sector relativamente ao petróleo de 96% para valores a rondar os 40-50%. A estratégia pode passar pela adopção da interoperabilidade entre diferentes meios de transporte, com diferentes soluções energéticas para cada um.
A CE pretende também alargar os standards de emissões de CO2 dos transportes rodoviários para os aéreos, ferroviários, fluviais e marítimos.
Os transportes representam 22% das emissões globais de CO2 e, desse valor, os rodoviários contribuem com 71,3%.
O documento ainda é provisório, mas os objectivos são claros.
No “roteiro para uma economia de baixo carbono até 2050” que a Comissão vai apresentar, a UE admite que é preciso reduzir em 25 % as emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera até 2020, para que se atinjam as metas propostas para 2050.
Os comissários para o clima, Connie Hedegaard, e energia, Günther Oettinger, não se entendem quanto ao objectivo de reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 30% para baixo dos níveis de 1990, até 2020.
Hedeggard defende a medida porque, entre outras coisas e segundo um relatório da Agência Europeia do Ambiente esta criará emprego, aumentará a competitividade e levará à poupança de dinheiro.
A crise de 2008 reduziu as emissões significativamente tornando o processo mais fácil e barato para a economia.
Por outro lado, Oettinger diz que esta proposta irá desindustrializar a Europa se for seguido unilateralmente.
Mas por agora a comissária para o clima tem do seu lado estados de peso, como Inglaterra, França e Alemanha.
Em Março, o comissário da energia apresentará propostas para ajudar a Europa a cumprir as metas de eficiência energética.
A Comissão Europeia está a elaborar um Livro Branco, que será publicado em Dezembro, sobre o sector dos transportes para 2020, com o intuito de regular as emissões de CO2, de forma a reduzir a poluição sonora e outras formas de poluição.
A ideia é desenvolver um sistema de transportes assente num único mercado com infra-estruturas hipocarbónicas. A nível das estruturas seria possível rever as normas do TEN-T, as redes transeuropeia de transportes, para criar uma rede de pontos estratégicos de modo a tornar eficiente a troca de transporte e o descarregar de mercadorias.
A versão inicial do Livro Branco aponta um aumento de 24% das emissões, desde 1990, o que significa que é urgente cortar entre 45 a 60% das emissões correntes. Esta redução pode ser paga de duas formas: alterando a Directiva sobre a Taxação de Energia impondo um imposto sobre o combustível, algo que muitos Estados-Membros não estão dispostos a fazer; ou, em alternativa, impondo um limite às emissões utilizando o mercado de licenças de emissão (que irá incluir o sector aéreo e marítimo nos próximos dois anos) e alterando ainda a Directiva da Eurovinheta, sobre a taxação de veículos pesados, de modo a cobrir a toda a rede de transportes europeia e possivelmente alargá-la a automóveis particulares.
A Comissão Europeia (CE) aprovou alterações ao comércio de permissões de emissão de gases estufa, uma iniciativa da CE no âmbito da Europa 2020, com o intuito de diminuir para 20% abaixo dos níveis de 1990 as emissões de gases nocivos, nomeadamente o alumínio, amoníaco, químicos petrolíferos, gases de efeito estufa como o gás óxido nitroso e o perfluorocarboneto, aumentando o número de sectores abrangidos por este esquema.
O novo limite aumenta o anterior, aprovado em Julho, em 112 mil milhões de permissões.
Entretanto, segundo os dados divulgados, as emissões na União Europeia já decresceram em 17% devido à recessão e esperam-se mais alterações quando o sector da aviação for incluído ou quando o objectivo de chegar ao corte nas emissões 20% for revisto para 30%.
A Europa quer reduzir as emissões de CO2 até 2020 em 20%, se possível em 30%. Como resultado da crise actual, o custo de tal redução caiu para €48bn anuais.
No entanto, no dia 14 de Outubro, os Ministros do Ambiente decidiram adiar o aumento da redução para 30%, pedindo à Comissão Europeia para analisar as consequências de tal aumento. O guia da Europa para uma economia verde até 2050, que deve ser publicado no próximo ano, deverá ter esta análise.
Entretanto o debate está lançado e há vários pontos de vista. Para alguns Estados Membros 20% não é uma redução suficiente, já que depois da crise as emissões baixaram já 17%.
A BusinessEurope, representante de grandes empresas europeias, alega que este objectivo é prematuro e contra-produtivo pois só fará sentido se for uma medida multilateral. Outras empresas, como a Vodafone e o BNP Paribas, acham que esta redução conduzirá a um aumento da inovação e investimento, contribuindo par a criação de uma
Ministros do Reino Unido, França e Alemanha apresentaram uma proposta conjunta para reduzir as emissões de CO2 em 30%.
A estratégia 20/20/20, que diz respeito à redução de emissões de dióxido de carbono em 20% até 2020 parece não ser suficiente para os 3 grandes da Europa.
Na proposta conjunta, os ministros justificaram a insuficiência da meta de 20% com a concorrência de outras economias com ambições ‘’low-carbon’’, como a China, Japão e Estados Unidos da América.
Em termos monetários, segundo um estudo recente da Comissão Europeia, passar dos 20 para os 30% custaria cerca de 11 mil milhões de euros.