A Fundação para a Ciência e Tecnologia e o Joint Research Centre (JRC) organizam nos próximos dias 28 e 29 de Novembro, em Lisboa, e 30 de Novembro, no Porto, eventos destinados a dar a conhecer melhor o JRC à comunidade científica portuguesa. Pretendem, além disso, divulgar junto os investigadores portugueses as possibilidades que têm para estadias e trabalho de cooperação científica nos laboratórios e institutos do JRC.
O JRC é o serviço científico da Comissão Europeia e a sua missão é, através de um apoio independente e fundamentado científica e tecnicamente, contribuir para a formulação de políticas europeias numa vasto leque de sectores, desde o ambiente à saúde, passando pela energia ou a sociedade da informação. Nessa missão, o JRC trabalha em estreita cooperação com os Estados-Membros, a comunidade científica e parceiros internacionais.
Mais informações sobre os eventos e inscrições encontram-se aqui.
O Banco Europeu de Investimento vai apoiar, através de um empréstimo de 300 milhões de euros, um projecto da BOSH e da Siemens acerca da eficiência energética em casa, aproveitando o potencial dos electrodomésticos, grandes e pequenos, para baixar os consumos de água e de energia.
A eficácia energética vai ter um papel fundamental para que se possam alcançar o objectivo de, em 2020, aumentar a eficiência energética em 20% e diminuir as emissões de gases com efeito de estufa na mesma proporção. O BEI tem tido em conta esta prioridade e, em 2010, 30% dos empréstimos que concedeu na UE estiveram relacionados com a protecção ambiental e climática.
Dia 19 de Julho saíram os primeiros detalhes deste pacote de ajuda comunitária que pretende revitalizar o crescimento económico e diminuir o desemprego através da modernização dos vários sectores económicos. Segundo informa a Comissão Europeia, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) terão um apoio de €1,2 biliões; €1,3 biliões para o Conselho Europeu de Investigação e €800 milhões para as PMEs, entre vários apoios neste pacote. A pergunta óbvia é: quem vai, de facto, beneficiar destas verbas? Uma respostas é: quem se empenhar.
Apesar do fraco investimento em I&D (Investigação & Desenvolvimento), a comissária responsável pela Agenda Digital, a holandesa Neelie Kroes rejeitou o recurso a subsídios em grande escala para promover a competitividade europeia neste sector.
Dia 13 de Julho, Neelie Kroes, em conferência de imprensa sobre este tipo de tecnologia, em Bruxelas, defendeu a impossibilidade de uma ‘’corrida aos subsídios’’ numa altura de ‘’ambiente fiscal severo’’. A comissária afirmou também que é essencial ter um desenvolvimento sustentável nesta área.
Esta declaração vem como consequência da criação de um novo grupo de especialistas europeus em desenvolvimento de ‘’smart technologies’’, como por exemplo, a nanotecnologia ou a biotecnologia. Este grupo, liderado por Jean Therme, director da Comissão de Energia Atómica Francesa, pretende acompanhar o que está a ser feito por outras potências de altas tecnologias como é o caso dos EUA e o Japão.
A posição da comissária é, no entanto, contrária à posição oficial da Comissão Europeia que, no documento que prevê os trabalhos vindouros, fala explicitamente de uma ajuda comunitária a este sector.
O novo plano de Investigação e Inovação deverá dar maior enfâse à propriedade intelectual, fundos para pesquisa, infra estruturas de inovação e contratos públicos. O grande objectivo desta iniciativa é restaurar a competitividade e aumentar a produtividade na União Europeia.
A versão final deste documento, que se enquadra na estratégia de crescimento ''Europe 2020'', será apresentada em Dezembro.
Nos dias 17 a 18 de Novembro de 2010, em Bruxelas, já durante a Presidência Belga da União, terá lugar uma conferência sobre investigação e inovação das pequenas e médias empresas (PME). Este evento coloca PMEs em contacto directo com membros de três presidências da UE -passado, presente e futuro. A conferência é a plataforma ideal para as PMEs exporem as suas ideias, dúvidas, contribuírem para ao actual programa-quadro, e procurarem influenciar, ao mais alto nível, os responsáveis políticos da EU. A conferência tomará a forma de uma “discussão à volta da mesa” e debate aberto onde todos podem participar.
O registo tem de ser feito online a partir de 25 de Junho.
Entre os dias 7 a 10 de Junho vai ter lugar em Bruxelas a TRA 2010 – Transport Research Arena – um fórum europeu destinado à inovação, investigação e desenvolvimento do sector dos transportes e da construção de rodovias. Entre os participantes do fórum contam-se autoridades nacionais, consultoras, construtoras, produtores de combustível, distribuidores, grupos de interesse e fabricantes de automóveis. O objectivo será divulgar e partilhar as práticas inovadoras que contribuam para a sustentabilidade dos sectores sob o lema “greener, smarter and safer”. As inscrições estão abertas aqui
A Comissão Europeia vai rever a directiva relativa aos ensaios clínicos dos medicamentos, depois do projecto de investigação ICREL ter revelado o resultado de um estudo que mede o impacto da directiva na indústria farmacêutica, e em todos os restantes stakeholders ligados aos ensaios clínicos – investigadores, entidades reguladoras de medicamentos, etc.
Os resultados mostram que a directiva não foi transposta nos Estados-Membros da melhor forma, para além de conter algumas medidas que, embora previstas para diminuir os encargos burocráticos e financeiros, tiveram o efeito contrário ao desejado. Empresas multinacionais do sector passaram a ter que cumprir procedimentos diferentes de acordo com os diferentes sistemas de cada Estado-Membro – o que significou um aumento dos custos, particularmente penoso para os ensaios clínicos de medicamentos para doenças raras.
De forma a ultrapassar estes e outros obstáculos que tornam o sector pouco competitivo e pouco atractivo para a vanguarda da investigação clínica, a Comissão publicou um roteiro para uma proposta legislativa a ser adoptada em Outubro de 2011, que venha alterar a directiva existente. O debate em torno deste tema será, com certeza, intenso. A seguir.
Abriu uma vaga no Instituto de Estudos Tecnológicos Prospectivos (IPTS – Institute for Prospective Technological Studies) para investigador pós-doutorado para trabalhar na área das tecnologias de informação e comunicação aplicadas à inclusão social. As candidaturas são aceites até dia 11 de Abril. Saber mais aqui
Ao contrário do que estava previsto, a estratégia europeia para a inovação já não vai sair no Verão, mas sim durante o Conselho Europeu de Outono. Mais um atraso na apresentação da estratégia, que pode ficar a dever-se aos esforços em redigir uma estratégia abrangente em termos de investigação e desenvolvimento, bem como em criar novos produtos financeiros para patrocinar a inovação das PMEs. Seja como for, o atraso também pode ter vantagens. Ganhamos tempo para colaborar na redacção desta estratégia, que será central na política europeia dos próximos anos.
A estratégia europeia para a inovação vai ser apresentada apenas no Verão e não, como se previa, já na Primavera. O atraso deve-se não só à reestruturação recente da Comissão, que vai a votos no próximo dia 9, mas principalmente a uma abordagem mais abrangente que a Comissão Europeia quer conferir ao novo plano de acção. A perspectiva sobre a inovação, orientada para as empresas e indústria, vai ser complementada com um novo foco sobre a educação e a importância de se investir em investigação. Os comissários Tajani, da pasta Indústria e Empreendedorismo, e Geoghegan-Quinn, da pasta Investigação Inovação e Ciência, vão ter um papel importante na redacção da nova estratégia para a inovação.
Embora os 86 mil milhões de euros do 8º Programa-Quadro, destinados à investigação e inovação, só fiquem disponíveis em 2014, os Estados-Membros já começaram a mobilizar os seus interesses de forma a lucrarem do maior fundo para a inovação até agora criado.
Uma vez que a inovação será uma das prioridades da Estratégia UE 2020, toda a atenção é dada à forma como os fundos vão ser distribuídos. A controvérsia começou com a questão dos Estados-Membros menos desenvolvidos na área da investigação e inovação tecnológica, os quais a nova comissária para a Inovação, Máire Geoghegan-Quinn, afirmou virem a obter grande parte dos fundos. O que contrariua a lógica destes fundos que não são desenhados para promover este ou aquele país especificamente.
Por outro lado, os Estados-Membros que têm mais e melhor capital científico e tecnológico, como a Alemanha e a França, reclamam uma distribuição baseada na compensação da excelência.
Outros Estados-Membros, de dimensão semelhante a Portugal como a Suécia e a Holanda, escolheram já a melhor maneira de beneficiar de financiamentos comunitários: a especialização num determinado sector e/ou a participação activa em projectos europeus de investigação. Portugal tem de escolher que caminho quer seguir, sabendo-se que não basta o Estado, é necessário que as empresas e todas as entidades que se dedicam à investigação participem deste processo.
A comissária nomeada para a pasta da Inovação, Máire Geoghegan-Quinn, destacou na sua audição no Parlamento Europeu, que parte dos 86 mil milhões de euros de fundos estruturais destinados à economia do conhecimento poderão vir a ser aplicados numa estratégia de longo-prazo para desenvolver as estruturas científicas da Europa central e de leste. A comissária declarou ainda que pretende prosseguir uma política de acção que concretize um novo conceito de economia: "In the new economy, refined knowledge will replace crude oil as the economy's prime motive force". Independentemente do optimismo eventualmente excessivo, há aqui uma informação muito útil que já devíamos conhecer: as verbas estão a deslocar-se para leste. Mesmo as verbas da investigação.
Estão abertas, até dia 2 de Fevereiro, as candidaturas a fundos do 7º Programa Quadro, de projectos de investigação colaborativos na área das ciências socioeconómicas e das ciências humanas. Os tópicos para investigação podem ser encontrados aqui. Preferência é dada aos temas ligados ao desenvolvimento económico sustentado, mas também aos movimentos migratórios e coesão social na Europa. Sabendo-se que estas ciências não costumam ser prioritárias, é melhor tirar partido da ocasião.
Para consultar as áreas de investigação que terão preferência na atribuição de fundos no triénio 2011-2013 ver o roteiro publicado pela DG Investigação
O Instituto Europeu da Inovação e Tecnologia nomeou as primeiras três comunidades do conhecimento e inovação. Duas das três áreas privilegiadas estão, sem surpresa, relacionadas com questões ambientais, a Climate KIC concentrada em mitigar as alterações climáticas, e a KIC InnoEnergy, cujo foco passa essencialmente pela integração do triângulo do conhecimento – inovação, educação, investigação e tecnologia – no que respeita a fontes de energia alternativas, como as energias renováveis, onde Portugal tem um especial interesse.
As KIC actuam através de parceiros em diversos centros regionais. O centro regional da península Ibérica (CC Iberia) tem como parceiros portugueses o Instituto Superior Técnico, a Galp Energia e a EDP. Alguns países, como a Holanda, estão mais representados do que nós. Mas a Galp, o Técnico e a EDP estão de parabéns.