Agora é de vez, já atingimos o pico da produção de petróleo, ou seja, gastámos mais de metade das reservas mundiais e iniciaremos em breve um período de escassez, de aumento exponencial da procura, dos preços e das tensões entre estados. Numa conferência organizada em Bruxelas, eurodeputados, funcionários da Comissão Europeia e stakeholders expressaram a sua preocupação e apontaram caminhos a seguir, muitos deles já timbrados no Livro Branco dos Transportes, publicado em Março. Os estados-membros, por imposição da directiva relativa à armazenagem de petróleo, já possuem stocks que permitem contornar problemas temporários de abastecimento mas, a longo-prazo, só uma mudança radical permitirá aos europeus viverem sem o combustível que cobre 96% das suas necessidades energéticas.
Nos dias de hoje as preocupações com o ambiente são cada vez maiores.
Por isso, o derrame de petróleo junto ao golfo do México, em Abril de 2010, não podia ser indiferente à UE.
Numa área onde ainda falta legislar, a Comissão Europeia quer criar regras que garantam maior segurança na exploração do petróleo e novas condições no processo de atribuição de licenças.
Numa primeira avaliação foram identificadas várias falhas de segurança assim como de responsabilização das petrolíferas na eventualidade de um desastre ambiental.
A próxima fase será uma proposta legislativa que poderá incluir as regras para a atribuição de licenças a companhias que têm já planos de emergência e meios financeiros para pagar eventuais desastres ambientais. Outra das medidas é obrigar a que as plataformas, que são controladas pelos governos nacionais, sejam avaliadas por peritos independentes.