Realiza-se amanhã em Bruxelas mais uma Cimeira UE-EUA, na qual a União será representada por Herman Van Rompuy, Presidente do Conselho Europeu, e José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia. Em representação dos EUA estará o seu Presidente, Barack Obama, que chega esta noite a Bruxelas.
Em discussão nesta cimeira vão estar assuntos como a economia, a parceria transatlântica de comércio e investimento, os desafios mundiais e a cooperação externa.
No final de 2011, o Conselho Europeu aprovou a sua criação. No início de 2012, o Parlamento Europeu pronunciou-se a seu favor. Mais tarde, em Novembro, a Comissão Europeia alocou-lhe a quantia de 6 milhões de euros para despesas administrativas. Recentemente, e já este ano, foi nomeado o seu director-executivo: o sub-secretário de Estado polaco para os negócios estrangeiros Jerzy Pomianowski.
A Dotação Europeia para a Democracia é inspirada na norte-americana National Edowment for Democracy. Assume juridicamente a forma de uma fundação de direito privado, é autónoma relativamente à União Europeia e rege-se por um estatuto próprio. Nas suas competências estão o apoio a partidos políticos, ONGs não registadas, sindicatos e outros grupos sociais (sobretudo) nos países da Parceria Oriental (Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Geórgia, Moldávia e Ucrânia). No que respeita às suas actividades, as mesmas serão financiadas pelos seus membros (países) e por outras fundações.
Este instrumento de cooperação tem sido aclamado no seio das instituições europeias. Comissão, Conselho, Parlamento e Serviço Europeu de Acção externa, todos esperam da Dotação Europeia para a Democracia o desempenho de um papel crucial nos países onde vai actuar, apoiando transições sem sobressaltos para regimes democráticos.
Em 2012, a Comissão Europeia pretende apresentar uma proposta para a revisão do regulamento do Conselho relativo ao comércio de determinadas mercadorias susceptíveis de serem utilizadas para aplicar a pena de morte ou infligir tortura ou outras penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Este regulamento encontra-se em vigor desde meados de 2006 e a sua revisão tem vindo a ser solicitada por vários Estados-Membros, eurodeputados e organizações não governamentais, que entendem que a legislação europeia apresenta algumas lacunas, podendo, por isso, ser contornada.