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BRUXELAS

BRUXELAS

Preparativos para a estratégia europeia sobre tecnologia financeira

 

Tendo em consideração que o desenvolvimento tecnológico proporciona um grande leque de oportunidades para as instituições financeiras, para fornecedores de serviços alternativos e para novos modelos de negócio, a Comissão Europeia pretende desenvolver uma estratégia em matéria de tecnologia financeira.

 

Para esse efeito, criou o Grupo de Trabalho sobre Tecnologia Financeira (Task Force on Financial Technology) que deverá desenvolver estratégias para abordar os potenciais desafios que a esta tecnologia enfrenta em matéria de inovação. Este grupo de trabalho intergra funcionários da Comissão que trabalham em domínios diversos, como os serviços financeiros, os serviços digitais, a inovação digital, a segurança, a concorrência e a protecção dos consumidores.

 

As primeiras sugestões e recomendações deste grupo são esperadas durante a primeira metade de 2017.

 

A abordagem da saúde móvel na União Europeia

 

Das cerca de 100 mil aplicações de saúde móvel disponíveis em várias plataformas digitais, as 20 principais gratuitas representam mais de 230 mil telecarregamentos ao nível mundial (aplicações de desporto, exercício físico e saúde).

 

De acordo com a Comissão Europeia, se o potencial destas aplicações for plenamente explorado, em 2017 poderão atingir-se níveis de poupança na ordem dos 99 mil milhões de euros na União Europeia.

 

Para atingir esse fim, é ainda necessário resolver problemas relacionados com a segurança das aplicações e com a utilização dos dados a que acedem, entre outros aspectos de cariz relevante. Por isso, a Comissão Europeia lançou uma consulta pública sobre a saúde móvel que pretende auscultar as opiniões das partes interessadas acerca, nomeadamente, dos requisitos de segurança e de desempenho a satisfazer pelas aplicações, das garantias de segurança dos dados de saúde e da promoção do empreendedorismo no domínio da saúde móvel.

 

As respostas a esta consulta poderão ser fornecidas até ao dia 3 de Julho de 2014.

 

 

Novas tecnologias, com novos apoios

 

 

 

 

Faz parte da estratégia Europa 20-20 para resolver a crise económica e atingir as metas de pleno emprego.

 

O ICT PSP ( Information and Communication Tecnology Policy Support Programme) é um dos programas comunitários que apoia empresas na aérea das novas tecnologias.

 

O objectivo é criar uma rápida aceitação e uma melhor utilização de ferramentas inovadoras e de conteúdos digitais por parte dos cidadãos, governos e empresas.

 

A Comissão Europeia organiza, dia 28 de Fevereiro, uma sessão de esclarecimento, das 10h30 às 16h30.

 

Se quiser participar pode registar-se aqui, ate dia 18 de Fevereiro.

 

Ondas e marés, energia sem revés – União Europeia deve aproveitar a produção de energia não-poluente do mar

Segundo um estudo publicado pela European Ocean Energy Association (EU-OEA), a energia produzida por ondas e marés pode sustentar 15% da energia europeia, além de poupar 136,3 milhões de toneladas de dióxido de carbono enviado para a atmosfera.

 

A tecnologia necessária para o aproveitamento deste tipo de energia ainda está em fase muito recente, contudo as perspectivas são bastante optimistas. Países como Portugal e outros com costas marítimas generosas são propícios ao desenvolvimento quer de infra-estruturas quer das tecnologias necessárias.

Tecnologias genéricas essenciais (key enabling technologies - KET) europeias atrasadas em relação aos USA e ao Japão mas não vão ser mais subsidiadas

 

 

 

 

Apesar do fraco investimento em I&D (Investigação & Desenvolvimento), a comissária responsável pela Agenda Digital, a holandesa Neelie Kroes rejeitou o recurso a subsídios em grande escala para promover a competitividade europeia neste sector.

Dia 13 de Julho, Neelie Kroes, em conferência de imprensa sobre este tipo de tecnologia, em Bruxelas, defendeu a impossibilidade de uma ‘’corrida aos subsídios’’ numa altura de ‘’ambiente fiscal severo’’. A comissária afirmou também que é essencial ter um desenvolvimento sustentável nesta área.

 

Esta declaração vem como consequência da criação de um novo grupo de especialistas europeus em desenvolvimento de ‘’smart technologies’’, como por exemplo, a nanotecnologia ou a biotecnologia. Este grupo, liderado por Jean Therme, director da Comissão de Energia Atómica Francesa, pretende acompanhar o que está a ser feito por outras potências de altas tecnologias como é o caso dos EUA e o Japão.

A posição da comissária é, no entanto, contrária à posição oficial da Comissão Europeia que, no documento que prevê os trabalhos vindouros, fala explicitamente de uma ajuda comunitária a este sector.

Parceiro Industrial

Abriu uma vaga para um parceiro industrial para o consórcio do projecto TOBI (tools for brain-computer interaction), um dos projectos financiados pelo 7º Programa Quadro, que desenvolve soluções para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiências. O objectivo é contribuir para o desenvolvimento da estratégia industrial do projecto e dar apoio à introdução dos resultados tecnológicos no mercado. As candidaturas são aceites até dia 2 de Junho. Saber mais sobre o projecto e o processo de selecção aqui.

Poupar água

A Comissão Europeia irá publicar em breve uma directiva relativa à eficiência hidráulica dos edifícios públicos e privados, à semelhança do que já acontece com o desempenho energético. Esta medida legislativa pretende criar padrões de eficiência e possibilitar o melhoramento das tecnologias hidráulicas dos edifícios, que só por si corresponderão a uma poupança de água de 40%. Uma das estratégias de gestão eficiente da água nos edifícios será a reutilização de água cinzenta - água utilizada na lavagem de roupa, chuveiros, etc. – embora se considere que a implementação de sistemas de reutilização de água seja extremamente dispendiosa em edifícios já construídos.

Mais e melhor telemedicina na Europa

Um grupo de indústria médica, COCIR (European Coordination Committee of the Radiological, Electromedical and Healthcare IT Industry) publicou a semana passada o seu parecer acerca da Comunicação da Comissão Europeia sobre os benefícios da telemedicina para os doentes, os sistemas de saúde e a sociedade (Novembro 2008).

Segundo o COCIR a UE não tem ainda uma base jurídica uniforme e homogénea que permita o desenvolvimento de soluções de tecnologias de informação para a melhoria dos serviços de saúde, tanto na óptica dos pacientes, como na dos profissionais de saúde. Os problemas que a carência de um sistema legal único na UE traz prendem-se com o licenciamento, a protecção de dados, a responsabilidade legal dos profissionais de saúde e os conflitos jurídicos transfronteiriços.

 

No entender do grupo industrial, a telemedicina pode vir a ser uma solução aos problemas financeiros e à redução da oferta de trabalho do sector, para além dos benefícios óbvios aos pacientes (serviços de saúde personalizado, redução de hospitalizações, etc.). Neste sentido o grupo alerta para a importância de soluções e acções integradas e coordenadas entre stakeholders, e ainda para a urgência em integrar a telemedicina nas estruturas de saúde pública.

 

Supermercados e nanotech

 As nanotecnologias estão a ser, cada vez mais, aplicadas na produção de bens alimentares, o que implica a necessidade de reforçar a monitorização do processo produtivo e dos benefícios e/ou malefícios das substâncias nanotech. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos publicou o ano passado a sua opinião científica sobre a aplicação de nanotech nos alimentos.

A Comissão vem agora juntar as grandes cadeias de distribuição alimentar ao debate sobre as nanotechs, pela relação privilegiada que mantêm com os consumidores, parte mais interessada em obter informação acerca dos bens que consome. Supermercados, como o Carrefour, serão encorajados a fornecer informação detalhada acerca dos potenciais riscos e benefícios dos produtos nanotech

Edifícios com eficiência energética

O Parlamento Europeu e Conselho chegaram a acordo político acerca da proposta de directiva relativa ao desempenho energético de edifícios. A proposta define padrões de eficiência energética para todos os novos edifícios e para os que venham a ser alvo de grandes obras de renovação. Para além disso, a proposta impõe a inclusão de sistemas alternativos nos planos energéticos dos edifícios. Desta forma, a produção descentralizada de energias renováveis passa a ter que ser considerada com maior seriedade, tanto por parte do sector privado como do público.

A este respeito convém frisar a crescente importância da energia solar entre os novos sistemas energéticos. Segundo vários especialistas, a energia solar oferece uma importante vantagem: torna-se eficiente ao ter uma aplicação descentralizada de pequena e média escala, como é o caso dos edifícios residenciais e terciários. No entanto, as tecnologias para aplicação de energia solar em larga escala ainda aparecem muito caras aos olhos de investidores privados, deixando nas mãos dos Estados a iniciativa de construir centrais solares.

A União Europeia tem criado incentivos aos Estados-Membros neste sentido: o plano estratégico para as tecnologias energéticas disponibiliza 16 mil milhões para o desenvolvimento de plataformas de energia solar. 

KIC it. Knowledge and Innovation Communities

 O Instituto Europeu da Inovação e Tecnologia nomeou as primeiras três comunidades do conhecimento e inovação. Duas das três áreas privilegiadas estão, sem surpresa, relacionadas com questões ambientais, a Climate KIC concentrada em mitigar as alterações climáticas, e a KIC InnoEnergy, cujo foco passa essencialmente pela integração do triângulo do conhecimento – inovação, educação, investigação e tecnologia – no que respeita a fontes de energia alternativas, como as energias renováveis, onde Portugal tem um especial interesse.

As KIC actuam através de parceiros em diversos centros regionais. O centro regional da península Ibérica (CC Iberia) tem como parceiros portugueses o Instituto Superior Técnico, a Galp Energia e a EDP. Alguns países, como a Holanda, estão mais representados do que nós. Mas a Galp, o Técnico e a EDP estão de parabéns.